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domingo, 18 de dezembro de 2011

O Origem do Natal (parte 3)

Um símbolo do Advento



O que é a coroa?
A coroa do Advento é um sinal importante deste tempo que, como todo símbolo, nos fala forte através dos seus elementos: círculo, luz, ramos e ações simbólicas que a compõem. Pode ser feita de diversas formas, desde que mantenha os elementos essenciais. Algumas comunidades fazem coroas grandes, por causa do tamanho da assembléia, outras fazem a coroa no chão, outras com a base de metal ou de madeira. Isso tudo pode variar conforme as possibilidades, as necessidades e a criatividade da comunidade.
Elementos essenciais
1. A forma circular - sem começo e sem fim. A circularidade está ligada à perfeição.
O redondo cria harmonia, junta, une. Lembra ainda para nós, que somos integrantes de um mundo circular, onde o processo do universo e da vida é cíclico: o ciclo do ano, do tempo, o ir e vir da história, sempre marcado pela presença daquele que é a Luz do mundo.

2. As velas - nos países do norte da Europa, durante o inverno, as noites são mais
longas que os dias e a luz do sol brilha pouquíssimo, quando não fica totalmente escondido pelas nuvens. Por isso, lâmpadas, velas são indispensáveis e muito apre-ciadas. Mesmo para nós, que somos cumulados com a luz do sol, a luz da vela tem muito significado.

3. No Advento, a cada domingo, acende-se uma vela da coroa. De uma a uma, a luz vai
aumentando, até chegar na grande festa da Luz que proclama Jesus Cristo como Salvador, Sol do nosso Deus que nos visita, que arma sua tenda entre nós (Cf. Jo 1,1¬14).

4. Quanto à cor das velas, normalmente é usada a vermelha, que, em quase todas as
partes do mundo, tem o significado do amor. No Brasil, somos marcados profunda-mente pelas culturas indígena e afro, onde o brilho das cores, da festa, da dança, da harmonia com o universo está presente de uma maneira esplendorosa e reveste as celebrações. Dessa forma, temos o costume de utilizar, na coroa, velas coloridas, uma de cada cor. Não ajuda muito associar a cor das velas com temas (penitência, esperança, alegria...). O que importa é a luz.
Origem
A coroa surgiu na Alemanha, no século XIX, mais exatamente nas regiões evangé-licas, situadas ao norte. Os colonos para comemorarem a chegada do Natal, a noite mais ma do ano, acendiam fogueiras e sentavam-se ao redor. Mais tarde, não podendo acendê-Ias dentro de casa, tiveram a idéia de tecer uma coroa de ramos de abeto (uma espécie de pinheiro), enfeitando-a com flores e velas.
No inverno rigoroso dos países mos, todas as árvores perdem suas folhas, somente os pinheiros resistem, sendo, dessa forma, um sinal de que a natureza não morreu totalmente.
No início do século vinte, os católicos adotaram o costume de colocar a coroa nas suas igrejas e casas. No Brasil, o uso certamente provém dos missionários que vieram da Alemanha, ou de brasileiros que, tendo conhecido o uso da coroa na Europa, a introduziram nas comunidades.
Recomendações
- É preciso garantir os elementos essenciais (forma circular, ramagem natural, 04
velas). Sem eles, a coroa perde sua característica, deixando de ser a coroa do Advento.
- Não utilizar elementos artificiais! Folhagens de papel ou de plástico e pisca-pisca
não são símbolos, pois não são verdadeiros. Para Deus, apenas o natural, o belo, o verdadeiro.
- É preciso ritualizar! Fazer um bonito rito de acendimento, sem ritualizar, a coroa se tomará apenas um belo enfeite...

Adaptação
No Brasil, o Advento acontece em pleno verão, quando a luz do sol e o calor estão em seu ponto máximo de atuação. Bem diferente de onde surgiu a coroa. Muitas folhagens, por aqui, criam cores diferentes justamente por causa da luz do sol. Quando plantadas na sombra, elas permanecem verdes. Usar esse tipo de ramagem evocaria bastante nossa vege-tação e enraizaria este belo símbolo do Advento!

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