OS PRIMEIROS REIS: SAUL, DAVI E SALOMÃO
Quando esse método e defesa se mostra fraco, sobretudo contra os fortemente armados filisteus, o povo pede ao juiz e profeta Samuel um rei, que tenha um exército permanente, mas por isso também alçará tributo (Sm 8). O primeiro rei (das tribos do norte) é Saul. Depois dele, vem Davi (mais ou menos 1000 a.C), que governa sobre o norte (Israel) e o sul (Judá). Seu sucessor Salomão constrói o templo de Jerusalém. Reina com muito luxo e muitos impostos; por isso, na sua morte, as tribos do norte separam-se do sul (1Rs 12).
O REINO DIVIDIDO. O REINO DO NORTE (ISRAEL). OS ASSÍRIOS
O primeiro rei do norte é o rebelde Jeroboão I. Um dos seus sucessores, Amri, constrói Samaria como nova capital. Seu filho Acab lhe sucede no trono. No tempo deles atuam os profetas Elias, Eliseu e Miquéias de Jemla. Outro sucessor, Jeroboão II, é contemporâneo dos profetas Oséias e Amós. Em 722 a.C, os assírios, novos “donos do mundo”, invadem Samaria e deportam os samaritanos para outras regiões de seu império (2Rs 17).
O REINO DO SUL (JUDÁ)
No sul perpetua-se a linhagem de Davi. O sucessor de Salomão e Roboão. Mas o sul só ganha importância com o rei Josafá, que se une a Acab na luta contra os arameus (sírios), no século 8º a.C. Quando o norte é submetido pelos assírios, vemos surgir os profetas no sul (Miquéias de Morasti e Isaías), no tempo do rei Acaz. Seu sucessor, Ezequias, tenta uma reforma religiosa, mas vira vassalo dos assírios. Só meio século depois, o rei Josias (por volta de 620 a.C) realizará uma reforma significativa: acaba com os “lugares altos” no interior e concentra todo o culto e o sacerdócio no templo de Jerusalém. Essa reforma á chamada a “reforma deuteronomista”, porque relacionada com o primeiro esboço do livro do Deuteronômio (ver 2Rs 22-23). Por esse tempo atuam os profetas Jeremias e Sofonias. Jeremias insiste junto aos sucessores de Josias (Joaquim, Jeconias e sedecias) para que não façam pactos com os egípcios, mas aceitem o poder de fato que agora está com os babilônios.
OS BABILÔNIOS. O EXÍLIO BABILÔNICO
De fato, em 597 o rei da Babilônia, Nabucodonosor, faz uma expedição punitiva contra Jerusalém e leva o rei Jeconias e seus partidários para a Babilônia (1ª deportação para o Exílio babilônico; 2Rs 24). Quando em 586 seu sucessor Sedecias comete o mesmo erro, os babilônios destroem o templo e levam o rei e sua gente (2ª deportação; 2Rs 25). Os profetas dos exilados são Ezequiel e um longínquo discípulo de Isaias (o “segundo Isaias”). O Exílio dura até 538, quando Ciro, rei da Pérsia, depois de vencer os babilônios, se torna o novo “dono do mundo” e decreta a liberdade dos exilados (edito de Ciro: 2Cr 36,22-23).
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