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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
A Origem do Natal part 2
No Oriente foi igual, mas diferente...
No Oriente se deu um processo semelhante, mas anterior ao do Natal no Ocidente. A festa da Epifania (palavra que quer dizer manifestação), no dia 06 de janeiro, também estava relacionada à festa pagã de adoração ao astro solar. No entanto, com o encontro das duas festas de Natal e Epifania, a segunda assume no Oriente um caráter mais batismal. Isso se deu também porque entre os pagãos que cultuavam o sol, acreditava-se no poder milagroso das águas. Por isso, em algumas Igrejas orientais, a festa da epifania está também associada ao batismo do Senhor e ao milagre de Caná.
Nota-se que a temática do nascimento está estreitamente vinculada a estas festas do Natal e da Epifania. Seja o nascimento do verdadeiro Sol Invencível, Jesus Cristo, Deus encarnado, seja o nascimento dos cristãos pelo batismo. Com o nascimento do ano-novo civil, as festas natalinas encontram terreno fértil para a vivência de um tempo novo, marcado pela presença do Deus nascido em Belém, notícia sempre nova e atual para os homens e as mulheres de todos os tempos.
Advento: uma preparação para esses festejos
O tempo do Advento nasce no Ocidente como uma preparação para o Natal. Sua origem é diversificada, tendo em cada região (Espanha, França, Itália) uma maneira própria de preparação para o Natal. No Oriente não se observa um processo semelhante. No rito sírio, celebram-se as cinco (ou quatro, conforme a região) semanas das anunciações e, no rito bizantino, comemora-se a memória dos patriarcas do Antigo Testamento, no domingo prece¬dente ao Natal.
As primeiras noticias do Advento no Ocidente vêm da Espanha e da França (Gália). Na Espanha, já no século IV, por influência do Oriente, o Advento aparece com um aspecto ascético (ascese: prática relativa aos jejuns e orações) em vista do batismo na festa da Epifania. Também na França (século V) se fala em jejum como meio de preparação para o Natal. Isso se dava durante a quaresma de São Martinho, que se iniciava no dia 11 de novembro. É na Itália, entretanto, que aparece testemunhos do tempo do Advento mais ligado ao mistério do nascimento do Senhor. Nesta tradição, oriunda de Ravena, o aspecto ascético penitencial dá lugar ao sentido teológico e espiritual do tempo da espera, o Advento.
Tanto o aspecto escatológico (tratado sobre os fins últimos do homem), que tem a ver com os acontecimentos últimos e derradeiros da vida e que se refere à segunda vinda de Cristo, quanto o aspecto histórico, da encarnação do Verbo na primeira vinda, estão presentes em todo esse percurso histórico do Advento. A reforma do Concílio Vaticano II tratou de considerar a ambos, associando os dois primeiros domingos à segunda vinda, em continuidade ao ano litúrgico que findou e os dois últimos domingos do Advento associados à primeira vinda do Senhor, celebrada no Natal.
continua...
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